PROJETO ELÉTRICO PARA

GERAÇÃO FOTOVOLTAICA

Para instalação de um sistema de Geração Fotovotaica conectado à rede (on grid), seja sobre o telhado de uma edificação, casa, comércio ou indústria, seja um carport (garagem com cobertura de placas solares) ou mesmo usina fotovoltaica (arranjo com dezenas e até centenas de painéis), é necessário o projeto elétrico, que é dividido em duas partes: projeto para obra/instalação e projeto para homologação na concessionária de energia elétrica, entenda a seguir de que é composto cada uma destas duas partes do projeto:

O que vem no

Projeto Elétrico para instalação do sistema/obra??

 

1. PLANTA DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

 

Para a obra ou instalação do sistema na edificação, precisamos definir claramente para os eletricistas/instaladores:

  • local de instalação dos Paineis Fotovoltaicos
  • local da instalação do Inversor de Frequência;
  • local da instalação do Quadro Stringbox
  • rota dos eletrodutos e cabos
  • rota dos eletrodutos que se interligam com a rede da concessionária;
  • sistema de aterramento;

 

2. DIAGRAMA UNIFILAR

Detalhe...

 

3. ROTA DO SOL

Detalhe...

 

4. DETALHES DE INSTALAÇÃO

Detalhe...

3. PLANTA COMPATIBILIZADA

 

É a planta de instalações elétricas, mas com a compatibilização, ou seja, o "encaixe" com elementos estrutuais como lajes, pilares, vigas, escadas, outras tubulações, ou ainda estruturas de steel ou wood frame ou ainda com os vãos de blocos em sistemas de alvenaria estrutural (blocos estruturais de concreto ou cerâmicos ou ainda tijolos ecológicos/solo cimento).

4. QUADRO DE CARGAS

 

É um resumo da instalação, em uma tabela, em texto e números, onde é possível ver em cada quadro de distribuição, quais os seus circuitos, seu número, nome, tensão, potência, corrente, disjuntor, IDR e DPS de proteção, qual tipo e bitola de cabo utiliza, fatores de correção (por agrupamento e por temperatura), queda de tensão e observações ou notas para instalação.

5. DIAGRAMA UNIFILAR

 

Assim como quadro de cargas, é um resumo da instalação, mas de forma gráfica, ou seja, um desenho esquemático que mostra como deve ser feita a ligação dos circutos em cada quadro, suas derivações, equipamentos de proteção, etc.

6. PRUMADA UNIFILAR

 

É um desenho esquemático que mostra a interligação dos circutos de alimentação (que chegam até os quadros de distribuição), desde o poste/padrão de entrada, até os quadros de disjuntores.

7. ISOMÉTRICA DA ALIMENTAÇÃO

 

É o mesmo esquema da prumada, mas em 3D, uma vista isométrica mostrando a posição do alimentador/padrão de entrada, caixas de passagem e quadros de distribuição, com os eletrodutos e fiações que os interligam (infraestrutura).

8. PLANTA DE ALIMENTAÇÃO

 

Tem as mesmas informações que a prumada, porém em vistas tipo plantas.

9. DETALHE DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

 

É uma vista em elevação (de frente) para o quadro de distribuição, mostrando seu tipo, tamanho, marca, modelo, quais disjuntores, IDRs, DPS, barramentos e conectores utiliza, além de sua ligação interna. Detalhe muito útil que auxilia o eletricista a montar o quadro na obra. 

10. DETALHES DO PADRÃO DE ENTRADA

 

São vistas em 2D (de frente) ou em 3D (perspectiva), monstrando a montagem do padrão de entrada (caixa para medidor), caixa de DPS, barramento, mureta e disjuntor geral, se for o caso, poste, caixas de passagem e caixa de aterramento com haste, para orientar o eletricista sobre como fazer a instalação do padrão de entrada de energia da unidade consumidora.

11. RESUMO DA DEMANDA

 

É um breve texto com o resumo da carga instalada/demanda no projeto, indicando qual categoria/tipo de ligação deve utilizar, levando em consideração as normas da concessionária de energia elétrica que atende a esta obra. Esta informação é muito útil quando o proprietário for solicitar a ligação, para saber qual seu tipo de demais parâmetros.

12. LEGENDAS

 

Nas legendas, que podem ser totais ou separadas por ambiente/quadro de distribuição/pavimento/unidade residencial onde se descrevem todos os elementos utilizados nas plantas e detalhes, podendo conter também as quantidades de cada item utilizado no projeto.

13. NOTAS

 

São orientações de como se fazer a instalação e de como melhor utilizá-la com segurança e economia, além de especificações de como foi realizada a elaboração e cálculo e dimensionamento do projeto.

15. TRT DE PROJETO ELÉTRICO

 

TRT é a abreviação de Termo de Responsabilidade Técnica. É o documento que técnicos em eletrotécnica profissionais habilitados e inscritos no CFT (Conselho Federal dos Técnicos) emitem para oficializar a relação de responsabilidade técnica. É também o equivalente à ART do CREA ou à RRT do CAU. A TRT pode ser apenas de projeto elétrico (sendo a execução responsabilidade de outro profissional), ou ser TRT da execução da instalação elétrica ou mesmo de projeto e execução. Tem a sua validade reconhecida em todo território brasileiro através da lei 5524/1968, decreto 90922/1985, lei 13639/2018 e resolução 74/2019 do CFT.

14. MEMORIAL DESCRITIVO

 

É um texto onde se descreve toda a instalação, desde critérios para sua elaboração, especificações, cálculos, dimensionamentos e especificações, além de recomendações de instalação e uso da instalação elétrica deste projeto.

16. LISTA DE MATERIAIS

 

Na lista de materiais você tem um resumo dos materiais a serem utilizados para montagem da sua instalação elétrica, desde caixinhas de luz, embutidas na parede, até quantidade de módulos de tomadas, interruptores, luminárias, cabos (separados por bitola, tipo e cor), disjuntores, terminais de conexão, etc. 

Toda esta lista pode ser separada por ambiente, quadros de distribuição, pavimentos, unidades, etapas da obra.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: 

O tecnico em Eletrotécnica pode assinar Projetos Elétricos?

 

Sim! Conforme a Lei nº 5524 de 05/11/1968, Decreto nº 90.922 06/02/1985, a Lei nº 13.639 de 26/03/2018 e resolução do CFT (Conselho Federal dos Técnicos), nº 74/2019, os técnicos industriais na modadelidade Eletrotécnica, podem projetar e executar projetos elétricos e de geração (de qualquer tipo) com o limite de até até 800kVA de demanda (sem limite de tensão).

 

Mas, o que é 800kVA? Para se ter uma ideia, fazer algumas comparações com projetos que já elaboramos e ter uma noção de qual tamanho de edificação podemos abranger com esta demanda:

 

Residência unifamiliar com entrada monofásica 50A (60m² de área construída): demana 6kVA

Residência unifamiliar com entrada trifásica de 100A: demana 38kVA

Condomínio com 18 Residências unifamiliares com entrada trifásica de 200A: demana 76kVA